segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Aventura e segurança: Armas, defesa e combate

Na ultima matéria de nossa série de Aventura e Segurança, será abordado um tema muito complexo, pois não é muito comum encontrar quem fale sobre isso, por conta do tom pacífico que a humanidade vem tomando nos últimos tempos. Porém sabemos que numa situação de risco, não há ninguém além de nós mesmos que possa salvar nossas vidas, portanto dessa vez tomaremos uma abordagem mais agressiva.



Ao se ver numa situação de risco numa aventura , onde haja inimigos reais e ameaça da sua vida ou de seus companheiros, a primeira reação a se ter deve ser a de chamar a polícia, alertar os bombeiros, ou quem quer que seja o mais rápido possível. Nenhuma reação é recomendada e esse texto é apenas instrutivo, porém, numa situação em que a certeza da morte é iminente e que não foi possível um contato com alguma autoridade, o instinto primordial da sobrevivência, irá prevalecer e o combate com o inimigo será inevitável.

Armas

Sendo possível a possibilidade de construção de instrumentos de combate, pode-se aumentar suas vantagens no combate. Os exemplos variam o nível de possibilidade de execução, veja:


Lança/arpão improvisado

Arma mais comum. Pode ser feita de vários modos: um galho de arvore ou pedaço de madeira apontado, como um lápis, ou apontado em formato de de arpão. Um modo mais sofisticado de fazê-lo é com uma faca de cabo oco, conhecida como faca de sobrevivência ou faca Rambo: afina-se uma das pontas da madeira até que se encaixe o cabo da faca.



É possível também, com pedras apropriadas ou lascadas com auxílio de ferramentas ou mesmo de outras pedras, conseguir um formato razoavelmente pontiagudo para que seja a ponta da sua lança.


Arpão de pontas

A partir de um galho de árvore resistente, crava-se a faca verticalmente fazendo um pequeno corte, cerca de 1/5 do galho, e outro corte perpendicular a esse, com o mesmo tamanho. Utilize a faca para abrir um pouco esses cortes e insira uma pequena cunha, para que se apresentem as 4 partes em que o galho foi dividido e usando cipó, casca de árvore ou barbante, amarre a abertura na altura da cunha, para evitar possíveis imprevistos em momento de combate. Utilize uma faca para pequenos trabalhos para afiar as pontas. Para um exemplo de faca, clique aqui!






Tacape

Muito utilizado em todas as eras, o tacape nada mais é do que um porrete. Contando com um pedaço de madeira, preferencialmente com uma parte mais fina, para que se tenha pegada, e com uma parte mais pesada, o tacape pode ser uma arma mortal, podendo ainda ter espinhos, espetos ou qualquer outra coisa que agrave ainda mais os ferimentos causados pela lesão.


Faca

Com dois tipos diferentes de pedra, você pode fazer até mesmo uma faca, bastante eficiente. Lasque a mais maleável com a mais dura, até que o formato o satisfaça para seus fins. Como estamos falando de uma situação de combate, recomenda-se que a mesma esteja vastante pontiaguda, para penetrações. Pode-se também utilizar um pedaço de madeira ou galho para fazer o cabo da faca.

Arco e flecha

Essa é a arma
que dará a você mais precisão a longas distâncias. Uma das armas mais antigas da história humana, um simples galho e uma corda, podem se tornar a sua defesa mais eficaz. Para começar a construção do mesmo selecione um galho forte, porém flexível. Você precisará de um pedaço de aproximadamente 2 m de árvores como nogueira, carvalho, cedro ou vidoeiro.
Dobre-o vagarosamente para encontrar sua curvatura natural. Depois  corte-o no formato de um arco delgado, com o centro sendo a parte mais larga com cerca de 5 cm ao longo dela. Faça entalhes em cada ponta onde o fio do arco estará. Pele crua funciona melhor para o fio da arma. Estique-a bem e amarre-a firmemente nos entalhes. Então esfregue a madeira com gordura animal para mantê-lo maleável.



As flechas deverão ter a metade do tamanho do arco. Para fazê-las, encontre os galhos mais retos possíveis e suavize as superfícies com a faca. Para a ponta, um osso pontiagudo ou uma pedra funcionam melhor. Perfure uma extremidade da flecha e insira sua ponta, amarrando-as juntas. Você pode acrescentar penas no lado oposto da flecha, chamadas de voadoras ou voadeiras, dividindo a madeira ou deslizando-as no lugar, mas não é necessário.



Estilingue (funda)


Um bom meio de fazer um estilingue é: d
a roupa que você está usando, rasgue um pedaço de tecido grande o bastante para envolver uma pedra do tamanho de um ovo. Amarre cerca de 16 cm de corda em cada lado do pano. Coloque uma pedra no saquinho de tecido e, segurando ambos os lados da corda com uma mão, balance o estilingue por sobre a cabeça como um laço. Quando obtiver impulso, solte uma extremidade da corda, deixando a pedra voar em direção ao alvo.



Estilingue (atiradeira)

Antes de tudo, é necessário que encontre-se um galho em formato de Y, que seja bastante resistente, pois essa será a forquilha. Retira-se toda a casca do galho, para que a pegada seja mais confortável. Utilize os elásticos mais fortes que tiver acesso, podendo eles serem dos seus sapatos, ou até mesmo das roupas, e corte-o ao meio, pois é ao meio do estilingue que se colocará a base em que se segurará a munição. Prenda o elástico às duas pernas menores da forquilha, e assim está pronto seu estilingue.


Bumerangue

Não é tão simples de fazer, nem mesmo de atirar, porém ele pode atingir altas velocidades e se acertar no alvo, pode ser fatal. Pode-se fazer de vários materiais, e quanto mais pesado e duro o material, maior o impacto que ele causará. Existem diversos tipos de bumerangues, com os mais diversos moldes espalhados pela internet. Basta cortar a madeira no formato e desbastar para que a aerodinâmica seja suficiente para o objetivo. Recomenda-se treinar bastante, para que tenha domínio completo para quando necessitar usar.


Bombas

É possível obter um bom resultado com o uso de bombas em situações criticas (Não é recomendável o uso das mesmas em qualquer outro tipo de situação, pois podem ser perigosas e podem ferir qualquer pessoa que esteja por perto). Com garrafas de vidro e líquidos inflamáveis, é fácil fazer um coquetel molotov, por exemplo.



Outros exemplos de armas improvisadas: Tesoura, chave de fenda, caneta, garrafa de vidro, bastões, cabos inchada, tábuas de madeira, serras e serrotes, chaves, pregos, martelos, machados, marretas, vidro, correntes, garfos, colheres, escovas de dente, brocas, puas, entre outros.

Defesa e Combate

O principio básico de defesa que consta em manuais de combate é: Evite o confronto e fuja o mais rápido que puder se possível. Valem também as premissas vistas no livro “Defesa com Facas”:

Previna - evite a violência gratuita, o ditado: “Quando um não quer dois não brigam” é a melhor forma de evitar um confronto desnecessário;
Negocie – pedir desculpas não mata ninguém, a faca (ou a arma) mata;
Fuja – como dito anteriormente, se o confronto for inevitável essa é sua melhor defesa;
Não reaja em situações de roubo, o bandido quer o seu dinheiro e não hesitará em tirar a sua vida se tentar uma reação;

Porém sabemos que não acaba bem sempre. Mesmo tentando evitar o conflito, algo pode falhar e o combate será inevitável, o mais recomendável é primeiramente a defesa e dominação do oponente para que os danos sejam os menores possíveis. Demonstraremos agora, algumas defesas básicas que podem ser adotadas num momento de combate contra um inimigo armado com uma faca:

Defesas Básicas:



Abaixar diminui a área de alvo, o Adversário é pego de surpresa. Esse movimento deve ser treinado a exaustão para adquirirmos memória muscular, tornando-o instintivo.



Contra-atacar, cessa a seqüência de ataques do adversário. A vítima deixa de ser um alvo indefeso. O ditado: “A melhor defesa é o ataque”, tem sua aplicação aqui.



Recuar pode ser uma saída interessante, por ser um movimento instintivo, porém, facilita uma
seqüência de ataques do adversário.



Sair pelas laterais necessita mais treinamento, não é um movimento fácil, deve-se executá-lo no
momento exato do ataque do adversário.


O movimento de bloquear é fácil de ser assimilado, se torna eficaz levando em consideração, ser
melhor perder um braço do que ter o pescoço cortado.



Evite a defesa em “X”, ou defesa cruzada, o atacante puxará a faca, cortando ambos os braços.


O uso de bastões ou armas improvisadas permitem manter uma distância de segurança da faca.
Podemos atingir o atacante antes de entramos em seu raio de ação.


Armas de fogo devem ser utilizadas a mais de 6 metros de distância para diminuir a possibilidade do atacante atingi-lo.


Use carros, móveis, ou outras estruturas para ficar longe do atacante. Mesmo conhecendo técnicas de desarme do oponente, manter a distância será sua melhor chance de sobreviver.


Fugir, deixa de ser uma atitude covarde quando conhecemos nossas limitações. O atacante com a faca tem a vantagem no combate


No caso de Um agressor com arma de fogo, o desarmamento pode ser feito da seguinte maneira:



Ao se ver com uma arma apontada para seu tronco, a primeira coisa a ser feita é desviar seu corpo da linha de tiro:




Aplicar uma torção no braço do oponente de modo que seja impossibilitado de executar o disparo, ou se o fizer, o risco seja contra ele mesmo.




E por fim,imobilizar ou derrubar o oponente.


Agora, Numa situação de combate real, podemos demonstrar como utilizar algumas das armas que mencionamos acima, sendo essas a faca, (tanto a faca de combate, faca de camping, canivete ou a faca de pedra improvisada), o arpão de pontas (sendo usado para ser enfiado no oponente), e instrumentos não citados, como machado, ou qualquer ferramenta perfuro-cortante.



Podemos dividir o corpo em quadrantes que quando atingidos podem ser fatais ou impossibilitar seu oponente de alguma reação.



I – Quadrante: lateral superior direita – artérias, radial, braquial, subclávia, jugular, carótida, costelas flutuantes. (Pontos Fatais)
Obs.: Com a faca à frente, se torna o ponto mais próximo de ser atingido.
II – Quadrante: lateral superior esquerda – artérias, radial, braquial, subclávia, jugular, carótida, costelas flutuantes.( Pontos fatais)
III – Quadrante: Femoral(Fatal), tendões e ligamentos (imobilizante).
IV – Quadrante: Femoral(Fatal), tendões e ligamentos (imobilizante).
Obs.: Ponto mais difícil de ser atingido em combate.
V – Linha Central do Corpo – Olhos, nariz, traquéia, plexo solar, abdômen, testículos.
Os tipos de ataque com facas e instrumentos cortantes são:
Corte - o fio da lâmina percorre o alvo, quanto maior a superfície e o tempo na área em contato, maior será o corte, quanto mais fina a lâmina, mais profundo será o corte.
Estocada – a ponta penetra no alvo, podendo penetrar em profundidade, picar, furar, ser girada dentro do corpo ou após a estocada causar um rasgo no oponente.
Golpes para amputar – armas pesadas usadas com força podem amputar partes do corpo do adversário.
Golpe com o pomo como objeto contundente – podemos utilizar o pomo para atacar o adversário com golpes contundentes, visando imobilizá-lo.
Golpe enganchando com a ponta para puxar e controlar – com a faca é possível fazer o controle do oponente, visando imobilizá-lo.
Golpe raspando com o gume para esfolar – é possível retirar a pele do adversário provocando
sangramento abundante e superficial para abalo psicológico.
Golpe de arremesso – é possível arremessar a faca para alcançar o adversário quando esse se encontra fora do seu raio de ação.

Pontos Contundentes ou imobilizadores: Atingindo-os com golpes de faca ou outros objetos, pode-se limitar os movimentos do adversário. É possível também atingir esses locais num combate corporal não armado.





Pontos arteriais
Esses pontos visam a perda rápida de consciência se atingidos e podem causar as morte em poucos minutos:





Pontos Letais:
Ao serem atingidos (perfurados ou cortados), esses pontos certamente causarão a morte do oponente após uma perda rápida de consciência.



Aviso: Nós do blog Casa Tática não somos à favor da violência, e esse texto é estritamente informativo. Não incentivamos o uso das praticas acima citadas e não nos responsabilizamos por eventuais acidentes que possam ocorrer,  e recomendamos que siga as instruções da Polícia.


Fonte: Defesa com facas 
J.R.R.Abrahão, Pedro Cavalcanti e Ricardo Nakayama
           Defesa Pessoal Alexandre Cruz, J.R.R.Abrahão, Pedro Cavalcanti e Ricardo Nakayama

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