terça-feira, 20 de maio de 2014

B.O.V Borbeno Oklopno Vozilo ou veículo blindado de combate!

B.O.V Borbeno Oklopno Vozilo ou veículo blindado de combate!
Esse termo não se aplica a nossa realidade (Brasil), mas podemos usar o BOV como apelido. A escolha de um veículo para transformar em BOV é orientada por dois fatores, o orçamento e a criatividade!
Caso você tenha um bom orçamento, com muito trabalho burocrático consegue autorização das autoridades competentes para transformar um carro blindado destinado a transporte de valores em um motor-home civil para uso diário.



Mas se o seu orçamento é mais limitado e você na hora de escolher onde investir decidiu pela construção de um Bunker ou uma residência sustentável ou ainda sim está investindo onde achou mais adequado ao momento em seu plano de sobrevivência.
Vou listar algumas opções que considerei adequado pensando na realidade dos carros brasileiros e os custos.

Opção 01 Carro popular antigo

Em uma busca rápida na internet encontrei um Fiat Uno 1992, vai saber a real quilometragem dele, mas enfim por atrativos R$2.900,00.



Sim é um carro velho e acabado, uma ótima opção para você aprender um pouco de mecânica, carro fácil de encontrar peças e fácil de fazer os reparos e substituir peças.
Mas é um carro com certo potencial, para se tornar um BOV com algumas adaptações e pouco investimento. Com criatividade é possível preparar esse carrinho para uma possível evasão até por estradas de terra bem acidentadas, com uma suspensão modificada e pneus de uso misto. Existem materiais leves que podem ser usados como blindagem, uma vez assistindo ao programa dos caçadores de mito (MythBusters : Discovery Channel) eles testaram listas telefônicas nas portas e paravam alguns tipos de munições. Importante também sempre aprender técnicas para desatolar o carro, levando pás, cordas e se possível um guincho mecânico ou hidráulico.



O carro  não é antigo, mas como estou falando do uno e achei essa foto estou e postando apenas como ideia!




Opção 02 Pick up média antiga

Ainda garimpando na internet encontrei algumas pick up´s antigas como a C-10 e a D-20, Toyotas entre outras. Elas possuem grande capacidade de carga, motor forte tração traseira e podem se transformar em um excelente BOV. De mecânica fácil e robusta, picapes nos permitem alterações como blindagens rusticas e outras alterações sem comprometer muito seu desempenho!





Opção 03 “Fusca” Baja

Barato, e todo terreno, essas veículos são incríveis, leves, e com um motor bem regulado, podem te levar aonde alguns carros modernos 4x4 não chegam. Com tração traseira e pneus apropriados para lama esses carros surpreendem pela robustez. Se utilizar o motor original do fusca, dificilmente terá problemas que você mesmo não possa resolver. Com algumas melhorias mecânicas como uma ignição eletrônica e um sistema de freio mais eficiente esse brinquedo pode te levar muito longe, por trajetos menos procurados pelas pessoas com carros comuns!







Opção 04 Gaiola

Gaiolas, creio que levam esse nome pelo obvio, são na grande maioria das vezes feitas em chassi tubular com a ausência de lataria, vidros, portas. São veículos de estrutura robusta com muitos reforços, para garantir a segurança do piloto e ocupantes, bancos concha com cinto de segurança 4 pontos aumentam ainda mais a segurança de seus ocupantes, é importante o uso de capacetes, como sua estrutura é aparente e a ausência de janelas diminuem a segurança e em uma eventual capotagem você pode se ferir ou ainda ser atingido por galhos e pedras. Com um visual Mad Max esses veículos podem fazer a diferença, com estudo, paciência, capricho você pode fazer sua própria gaiola. Mas o preço também é bem acessível, para comprar uma já pronta ou pelo menos o chassi! Com as devidas adaptações para sua bagagem e passageiros pode ser um veículo ideal para ser o seu B.O. V.









Opção 05 Pequenos 4x4 originais!

Robustos, econômicos, valentes e ágeis. Essas são apenas algumas qualidades de pequenos carros off-road 4x4 como o Lada Niva, Suzuki Samurai, Suzuki Vitara, Jeep Willys. Todos esses carros já provaram e provam seu valor até hoje nas trilhas, estradas e alagamentos urbanos. Carros de manutenção barata, simples e munidos de grande força são ótimos veículos para serem modificados e transformados e um B.O.V. Em especial o tanque russo, Lada Niva é um dos meus favoritos, com um preço médio de modelos até 1995 em bom estado na faixa de R$12.000,00 e carros bem conservados na faixa de 16.000,00 e impecáveis na casa dos R$20.000,00. Esse valente russo surpreende, mas seu diferencial está em sua tração 4x4 integral com reduzida e bloqueio. Esse carro encara qualquer estrada onde modelos 4x4 mais modernos e potentes costuma desbravar. Uma mecânica simples, estrutura resistente e outras qualidades, podem fazer esse carrinho valente ser sua opção nº1.



Abaixo fotos do Lada Niva






Abaixo fotos do Suzuki Samurai







Fotos do Suzuki Vitara






Opção 06 é o que sua criatividade e orçamento permitir!


O que fiz neste post é apenas um exemplo do que temos hoje no mercado nacional em relação a veículos motorizados que podem ser modificados, com “baixo custo”. Temos que ter em mente que o sobrevivencialista deve estudar todas as alternativas e saber o que se enquadra na sua realidade. Talvez um veículo não seja o melhor, mas se você pensa em evacuação, um barco, jangada, bote, cavalo, jumento, charrete, bicicleta, moto, quadriciclo, monomotor ou um trator. Mas você que deve estudar se no seu caso a fuga fosse necessária como ela deve ser feita! Esse post tem como objetivo principal faze-lo pensar, se você tiver que fazer uma fuga como você a prepararia suas provisões e família para fazer a retirada? Qual seria o meio de transporte mais adequado?

sexta-feira, 14 de março de 2014

Tom Brown Tracker, mais que uma faca um mito!

Tom Brown Tracker, mais que uma faca um mito!



Decidi abordar esse assunto por dois motivos, primeiro que sou um fã, apaixonado pelo modelo original, segundo pelas grandes quantidades de replicas existentes hoje, tanto que cuteleiros como de marcas conceituadas de cutelaria.

O primeiro contato com a Tom Brown Tracker não poderia ser mais contagiante, ao assistir o filme “Caçado” fui apresentado ao que seria meu objeto de desejo por anos.



E por ser um grande admirador da cutelaria artesanal, tive várias boas oportunidades de negócio na compra de modelos inspirados na Tracker, sempre sem hesitar fiz as aquisições, mas nunca fiquei satisfeito, acabei até desiludido com o modelo, pois pensei que não me atendesse, e que no fundo fosse apenas marketing. Mas pelos depoimentos de seus felizes proprietários, sempre os gringos claro, afinal ela acaba por ser rara no Brasil, já que não tem um importador oficial e seu custo alto, não permitem que os brasileiros a tenham como uma faca para o dia a dia e em suas aventuras.

Vou falar um pouco mais das minhas experiências com as réplicas. Tive 03 modelos de 03 cuteleiros diferentes e todas facas estranhas, sim estranhas, não entendia e não sabia como aproveite-las.
Sempre que tentava usa-las no mato era uma decepção, desajeitas e sem função pratica eram quase que inúteis e difíceis de afiar, pegadas estranhas, bainhas desajeitadas que prendiam a faca e outros detalhes que as tonavam só piores.

No natal de 2012 ganhei a então sonhada faca, a Tom Brown Tracker da Top´s Kinives USA, modelo T-1. Passada toda emoção foi hora de analisar a faca, e que faca. Ela veio acompanhada de um manual de utilização, manutenção e técnicas de sobrevivência.



Todas as péssimas impressões que as replicas deixaram ficaram para trás. Com uma pegada incrível, afiação, detalhes, balanceamento, bainha impecável, essa faca é o que definitivamente existe de melhor, mais funcional em matéria de faca.

Entendi quando Tom Brown disse que a melhor faca para sobrevivencialismo ainda não tinha sido inventada, mas que ele ia criar, ele falou serio. Mas agora vamos conhecer um pouco da história desta faca tão emblemática. Peguei alguns textos na internet que achei interessante para compor este material.







Origem da Tom Brown Tracker
Fonte: http://protocolo042.wordpress.com/2012/04/27/125/ http://www.trackertrail.com/trackerknife/index.html

A primeira versão da faca foi feita à mão por Ed Lombi. Quando ele parou de produzir, Tom Brown procurou outro fabricante. Ele encontrou Dave Beck, que desenvolveu melhorias à faca. Depois de dez anos, a produção novamente parou. Em 2001, Tom Brown procurou um fabricante que poderia suprir regularmente a demanda. TOPS USA é agora o desenvolvedor líder da arte que é essa faca de sobrevivência.





Modelo de Dave Beck










História da Red Scorpion Predator WSK

A Predator Wilderness Survival Knife (WSK) foi inspirada na faca artesanal de Dave Beck. Desde que Beck parou de fazer a faca, a Predator WSK foi produzida com uma série limitada de apenas 1.000 unidades. Por causa da constante procura por facas de sobrevivência, a Red Scorpion Six Blade decidiu continuar a produção com a sua versão. Raven WSK com ESK (Everyday Survival Knife) como sua faca utilitária.

Diferenças entre Tops Tom Brown Tracker e Red Scorpion

A Tops é uma faca de sobrevivência utilitária projetada por Tom Brown. É uma faca "tudo em um", portátil, bastante útil para cortar, picar e serrar. Ela tem duas versões, a T1 e a T2. A diferença é apenas de tamanho e peso. Elas são um pouco caras, mas se você está falando de sobrevivência, então vale a pena. A WSK da Red Scorpion Six Blades tem o mesmo design e desempenho, mas é mais acessível.

Especificações
O Raven WSK e ESK é feita de aço de carbono SKS5. Este tipo de aço é utilizado principalmente em facas e lâminas de serra circulares. O Raven WSK é um refinamento da Predator. Ele tem 33 centímetros de comprimento (lâmina: 17 centímetros, punhal: 15,6 centímetros, cabeça da lâmina: 11 centímetros, largura da lâmina: 6 centímetros, serra: 5,6 centímetros). Sua companheira, a ESK, é boa em todas as tarefas de acampamento. Ela tem 20 centímetros de comprimento e 4 mm de espessura (lâmina: 8,9 centímetros, punhal: 11,5 centímetros, largura da lâmina: 3 centímetros).









Fotos da Tracker Tom Brown da TOPS Knives USA







Especificações
A faca esportiva T2 é feita a partir de 0,6 centímetros de liga de carbono 1095 coberta de tração epóxi preta especial para se tornar à prova de ferrugem. Tem 30 centímetros de comprimento (lâmina: 10,6 centímetros, serra: 5,3 centímetros, corte: 6,3 centímetros, espessura: 0,6 centímetros, peso: 790 gramas). O seu desenho é o mesmo da sua irmã maior, T1, mas foi simplesmente diminuído para reduzir o peso e o tamanho. Também é feita de um aço de 0,47 centímetros, em comparação com as facas regulares que usam aço de 0,63 centímetros.


História

Fonte: http://www.ehow.com.br/diferencas-entre-tops-tom-brown-tracker-red-scorpion-info_19516/
Escrito por Jody Wilber | Traduzido por Lucas Moreira

Sou um curioso sobre facas, e também adoro história, então vou aproveitar a ocasião de um amigo ter produzido uma belíssima faca Tracker e falar um pouco sobre a origem desse design inovador.
Bem, em minhas pesquisas, descobri que este projeto foi criado por Tom Brown, que propôs que esta seria a faca multi funções ideal para sobrevivencialismo.
A ideia para esta ferramenta, veio quando ao ser entrevistado por um reporter, Tom foi questionado sobre qual seria a melhor faca para um sobrevivencialista.
Ao receber a pergunta, Tom ficou pensativo e disse: “A melhor faca para sobrevivência ainda não existe” então o reporter retrucou: “Porque não?” e Tom de pronto respondeu: “Porque eu ainda não criei.” logo após esse comentário o jornalista disse: “Pois esta será uma faca que eu adorarei ver”.
Sete anos e dúzias de projetos depois, o design básico da faca estava pronto, a qualidade do produto era uma preocupação recorrente na cabeça de Tom, e então ele contratou Ed Lombi (é um ferreiro amigo de Tom, mas não achei fotos.), este que trabalhou por muito tempo fazendo modelos, até que Tom decidiu parar os projetos e seguiu com outros interesses.
Algum tempo depois encontrou Dave Beck, que adicionou muitas coisas à Tracker, depois de 10 anos produzindo as facas, Dave desistiu de continuar a produção e a faca sumiu do mercado por algum tempo.
Em 2001 Tom, começou a trabalhar como técnico consultor e escritor em um filme de Billy Friedkin, onde estrelavam Tommy Lee Jones e Benecio Del Torro.
O filme recebeu o título de “Caçado” onde a faca foi usada por Benicio.
Depois disso Tom começou a procurar por uma companhia que pudesse fazer a Tracker em número suficiente para suprir a demanda, nessas condições, ele encontrou Mike Fuller e a TOPS USA, uma das líderes em fabricação de facas tácticas, então a TOPS tomou as rédeas dai pra frente e criou uma arte que service a característica de ferramente de sobrevivência, com isso surgiu o slogam da faca: “Uma vida, Uma Faca” em inglês: “One Life, One Knife.”



Depois de muito curtir a lua de meu com minha Tracker, decidi que era hora de coloca-la no batente. Afinal faca é para usar, na parede só vai quadro.
Vou descrever nesse blog todas as minhas oportunidades de usar esta faca de modo geral como minha principal ferramenta de corte!
Hoje depois de muito estudar o assunto e ter a faca em mãos, sei o por que fiquei tão insatisfeitos com as replicas da mesma.
Todos copiam seu design, mas não copiam suas funções e seus detalhes, na esperança de melhorar algo já perfeito que foi extremamente aprimorado pela TOPS kives USA junto com Tom Brown, acabam pecando e criando ferramentas bem intencionadas, mas mal planejadas.
Em um próximo texto vou explicar a anatomia da faca Tracker Tom Brown na prática!
Espero que tenham gostado do texto e até a próxima!

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Pesca improvisada e com armadilhas


Além dos métodos convencionais de pesca, utilizando-se de varas e redes, há também outros modos mais primitivos de pesca, utilizando de armadilhas simples e combinações das mesmas, que podem chegar até a ser mais animadas do que as pescarias normais.

Para aproveitarmos melhor essas dicas, é bom lembrar que segundo o manual de sobrevivência na Selva do Exército Brasileiro, os melhores locais para pescar são os poços profundos, ao pé das cachoeiras, no final das corredeiras rápidas ou entre rochedos. Em correntes muito velozes, os peixes costumam se chegar mais para as margens.

Pesca noturna:
À noite, a pesca pode ser muito mais produtiva que durante o dia, pois utilizando se de uma lanterna, archote ou outra fonte de iluminação apontada ao curso d'água, a agitação dos peixes será tão grande, que será possível capturá-los facilmente com arpões ou varas pontiagudas.

Pesca com anzóis
É esse o método mais conhecido e prático, mas numa situação de emergência, onde nos vemos sem os artefatos necessários, torna-se um um desafio improvisá-los. Veja abaixo, alguns exemplos de anzóis:

                                                                Anzóis improvisados

                                                         Anzóis feitos com osso e pregos

                                                                    Anzóis de madeira

                                                               Anzóis de madeira.

Pesca com lança ou arpão de pontas.

Outro artifício que pode ser usado para a pesca são os arpões, lanças ou arpões de pontas. A confecção dos mesmos já fora ensinada aqui no artigo sobre defesa, armas e combate, mas não há segredo: utilizando de uma faca afie uma das extremidades de uma vara (um galho, um bambu, etc) e assim terá uma lança, ou arpão. Dividindo essa extremidade em quatro, e colocando um calço ao meio tem-se então um arpão de pontas. Com Armas às mãos, só é necessário esperar o peixe e acertá-lo com sua arma.


                          Recomenda-se um tamanho maior do arpão de pontas para essa atividade.

Pesca com Redes:

Outro material muito aconselhável para pescaria será a rede, inclusive a de dormir, de malha de camarão, que poderá ser armada como que interceptando um curso de água raso e de pouca correnteza, ficando com uma borda afundada por meio de pesos e a outra à superfície, flutuando, enquanto as duas alças serão afixadas por cipós; será uma espécie de “rede guelras”.

Atordoando o peixe:

Também será possível apanhar peixes jogando-se bombas tipo “cabeça-de-negro” em um remanso, em uma curva de igarapé, em um poço, ou lançando timbó (veneno) à água, o que atordoará os animais. O timbó é uma planta venenosa da qual se aproveitarão as raízes para, após macerá-las,
espalhar nas águas. O timbó possui em sua composição ácido cianídrico e é conveniente retirar o peixe rapidamente da água , pois o efeito químico sobre a carne será reduzido no cozimento que deve ocorrer logo em seguida.


Armadilhas do tipo Curral
Outras armadilhas, conhecidas pelo nome de curral, poderão ser construídas e serão bastante vantajosas, pois nelas os peixes entrarão e permanecerão, às vezes, em grande quantidade e variedade. A construção de um curral dependerá de um estudo do local. Veja nas imagens à seguir alguns tipos de construção de armadilhas para peixes:


Abaixo vemos o melhor exemplo de armadilha do tipo curral, onde se desvia o curso de um rio para conseguir os peixes.