Na ultima matéria de nossa série de
Aventura e Segurança, será abordado um tema muito complexo, pois
não é muito comum encontrar quem fale sobre isso, por conta do tom
pacífico que a humanidade vem tomando nos últimos tempos. Porém
sabemos que numa situação de risco, não há ninguém além de nós
mesmos que possa salvar nossas vidas, portanto dessa vez tomaremos
uma abordagem mais agressiva.
Ao se ver numa situação de
risco numa aventura , onde haja inimigos reais e ameaça da sua vida
ou de seus companheiros, a primeira reação a se ter deve ser a de
chamar a polícia, alertar os bombeiros, ou quem quer que seja o mais
rápido possível. Nenhuma reação é recomendada e esse texto é
apenas instrutivo, porém, numa situação em que a certeza da morte
é iminente e que não foi possível um contato com alguma
autoridade, o instinto primordial da sobrevivência, irá prevalecer
e o combate com o inimigo será inevitável.
Armas
Sendo
possível a possibilidade de construção de instrumentos de combate,
pode-se aumentar suas vantagens no combate. Os exemplos variam o
nível de possibilidade de execução, veja:
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Lança/arpão improvisado |
Arma
mais comum. Pode ser feita de vários modos: um galho de arvore ou
pedaço de madeira apontado, como um lápis, ou apontado em formato
de de arpão. Um modo mais sofisticado de fazê-lo é com uma faca de
cabo oco, conhecida como faca de sobrevivência ou faca Rambo:
afina-se uma das pontas da madeira até que se encaixe o cabo da
faca.
É
possível também, com pedras apropriadas ou lascadas com auxílio de
ferramentas ou mesmo de outras pedras, conseguir um formato
razoavelmente pontiagudo para que seja a ponta da sua lança.
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Arpão de pontas |
A partir
de um galho de árvore resistente, crava-se a faca verticalmente
fazendo um pequeno corte, cerca de 1/5 do galho, e outro corte
perpendicular a esse, com o mesmo tamanho. Utilize a faca para abrir
um pouco esses cortes e insira uma pequena cunha, para que se
apresentem as 4 partes em que o galho foi dividido e usando cipó,
casca de árvore ou barbante, amarre a abertura na altura da cunha,
para evitar possíveis imprevistos em momento de combate. Utilize uma
faca para pequenos trabalhos para afiar as pontas.
Para um exemplo de faca, clique aqui!
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Tacape |
Muito
utilizado em todas as eras, o tacape nada mais é do que um porrete.
Contando com um pedaço de madeira, preferencialmente com uma parte
mais fina, para que se tenha pegada, e com uma parte mais pesada, o
tacape pode ser uma arma mortal, podendo ainda ter espinhos, espetos
ou qualquer outra coisa que agrave ainda mais os ferimentos causados
pela lesão.
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Faca |
Com dois tipos diferentes de pedra, você pode
fazer até mesmo uma faca, bastante eficiente. Lasque a mais maleável
com a mais dura, até que o formato o satisfaça para seus fins. Como
estamos falando de uma situação de combate, recomenda-se que a
mesma esteja vastante pontiaguda, para penetrações. Pode-se também
utilizar um pedaço de madeira ou galho para fazer o cabo da
faca.
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Arco e flecha |
Essa é a arma que dará a você mais
precisão a longas distâncias. Uma das armas mais antigas da
história humana, um simples galho e uma corda, podem se tornar a sua
defesa mais eficaz. Para começar a construção do mesmo selecione
um galho forte, porém flexível. Você precisará de um pedaço de
aproximadamente 2 m de árvores como nogueira, carvalho, cedro ou
vidoeiro.
Dobre-o vagarosamente para encontrar sua curvatura
natural. Depois corte-o no formato de um arco delgado, com o
centro sendo a parte mais larga com cerca de 5 cm ao longo dela. Faça
entalhes em cada ponta onde o fio do arco estará. Pele crua funciona
melhor para o fio da arma. Estique-a bem e amarre-a firmemente nos
entalhes. Então esfregue a madeira com gordura animal para
mantê-lo maleável.
As flechas deverão ter a metade do tamanho do
arco. Para fazê-las, encontre os galhos mais retos possíveis e
suavize as superfícies com a faca. Para a ponta, um osso pontiagudo
ou uma pedra funcionam melhor. Perfure uma extremidade da flecha e
insira sua ponta, amarrando-as juntas. Você pode acrescentar penas
no lado oposto da flecha, chamadas de voadoras ou voadeiras,
dividindo a madeira ou deslizando-as no lugar, mas não é
necessário.
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Estilingue (funda) |
Um
bom meio de fazer um estilingue é: da roupa que você está
usando, rasgue um pedaço de tecido grande o bastante para envolver
uma pedra do tamanho de um ovo. Amarre cerca de 16 cm de corda em
cada lado do pano. Coloque uma pedra no saquinho de tecido e,
segurando ambos os lados da corda com uma mão, balance o estilingue
por sobre a cabeça como um laço. Quando obtiver impulso, solte uma
extremidade da corda, deixando a pedra voar em direção ao alvo.
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Estilingue (atiradeira) |
Antes de tudo, é necessário que encontre-se um galho em formato
de Y, que seja bastante resistente, pois essa será a forquilha.
Retira-se toda a casca do galho, para que a pegada seja mais
confortável. Utilize os elásticos mais fortes que tiver acesso,
podendo eles serem dos seus sapatos, ou até mesmo das roupas, e
corte-o ao meio, pois é ao meio do estilingue que se colocará a
base em que se segurará a munição. Prenda o elástico às duas
pernas menores da forquilha, e assim está pronto seu
estilingue.
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Bumerangue |
Não é tão simples de fazer, nem mesmo de atirar, porém ele
pode atingir altas velocidades e se acertar no alvo, pode ser fatal.
Pode-se fazer de vários materiais, e quanto mais pesado e duro o
material, maior o impacto que ele causará. Existem diversos tipos de
bumerangues, com os mais diversos moldes espalhados pela internet.
Basta cortar a madeira no formato e desbastar para que a aerodinâmica
seja suficiente para o objetivo. Recomenda-se treinar bastante, para
que tenha domínio completo para quando necessitar usar.
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Bombas |
É possível obter um bom resultado com o uso de bombas em
situações criticas (Não é recomendável o uso das mesmas em
qualquer outro tipo de situação, pois podem ser perigosas e podem
ferir qualquer pessoa que esteja por perto). Com garrafas de vidro e
líquidos inflamáveis, é fácil fazer um coquetel molotov, por
exemplo.
Outros exemplos de
armas improvisadas: Tesoura, chave de fenda, caneta, garrafa de
vidro, bastões, cabos inchada, tábuas de madeira, serras e
serrotes, chaves, pregos, martelos, machados, marretas, vidro,
correntes, garfos, colheres, escovas de dente, brocas, puas, entre
outros.
Defesa e Combate
O
principio básico de defesa que consta em manuais de combate é:
Evite o confronto e fuja o mais rápido que puder se possível. Valem
também as premissas vistas no livro “Defesa com Facas”:
Previna
- evite
a violência gratuita, o ditado: “Quando um não quer dois não
brigam” é a melhor forma de evitar um confronto desnecessário;
Negocie
– pedir desculpas não mata ninguém, a
faca (ou a arma) mata;
Fuja
– como dito anteriormente, se o confronto
for inevitável essa é sua melhor defesa;
Não
reaja em
situações de roubo, o bandido quer o seu dinheiro e não hesitará
em tirar a sua vida se tentar uma reação;
Porém
sabemos que não acaba bem sempre. Mesmo tentando evitar o conflito,
algo pode falhar e o combate será inevitável, o mais recomendável
é primeiramente a defesa e dominação do oponente para que os danos
sejam os menores possíveis. Demonstraremos agora, algumas defesas
básicas que podem ser adotadas num momento de combate contra um
inimigo armado com uma faca:
Defesas Básicas:
Abaixar
diminui a área de alvo, o Adversário é pego de surpresa. Esse
movimento deve ser treinado a exaustão para adquirirmos memória
muscular, tornando-o instintivo.
Contra-atacar,
cessa a seqüência de ataques do adversário. A vítima deixa de ser
um alvo indefeso. O ditado: “A melhor defesa é o ataque”, tem
sua aplicação aqui.
Recuar
pode ser uma saída interessante, por ser um movimento instintivo,
porém, facilita uma
seqüência
de ataques do adversário.
Sair
pelas laterais necessita mais treinamento, não é um movimento
fácil, deve-se executá-lo no
momento
exato do ataque do adversário.
O
movimento de bloquear é fácil de ser assimilado, se torna eficaz
levando em consideração, ser
melhor
perder um braço do que ter o pescoço cortado.
Evite
a defesa em “X”, ou defesa cruzada, o atacante puxará a faca,
cortando ambos os braços.
O
uso de bastões ou armas improvisadas permitem manter uma distância
de segurança da faca.
Podemos
atingir o atacante antes de entramos em seu raio de ação.
Armas
de fogo devem ser utilizadas a mais de 6 metros de distância para
diminuir a possibilidade do atacante atingi-lo.
Use
carros, móveis, ou outras estruturas para ficar longe do atacante.
Mesmo conhecendo técnicas de desarme do oponente, manter a distância
será sua melhor chance de sobreviver.
Fugir,
deixa de ser uma atitude covarde quando conhecemos nossas limitações.
O atacante com a faca tem a vantagem no combate
No
caso de Um agressor com arma de fogo, o desarmamento pode ser feito
da seguinte maneira:
Ao
se ver com uma arma apontada para seu tronco, a primeira coisa a ser
feita é desviar seu corpo da linha de tiro:
Aplicar
uma torção no braço do oponente de modo que seja impossibilitado
de executar o disparo, ou se o fizer, o risco seja contra ele mesmo.
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E por fim,imobilizar ou derrubar o oponente. |
Agora,
Numa situação de combate real, podemos demonstrar como utilizar
algumas das armas que mencionamos acima, sendo essas a faca, (tanto
a faca de combate, faca de camping, canivete ou a faca de pedra
improvisada), o arpão de pontas (sendo usado para ser enfiado no
oponente), e instrumentos não citados, como machado, ou qualquer
ferramenta perfuro-cortante.
Podemos dividir o corpo em quadrantes
que quando atingidos podem ser fatais ou impossibilitar seu oponente
de alguma reação.
I
– Quadrante: lateral superior direita – artérias, radial,
braquial, subclávia, jugular, carótida, costelas flutuantes.
(Pontos Fatais)
Obs.:
Com a faca à frente, se torna o ponto mais próximo de ser atingido.
II
– Quadrante: lateral superior esquerda – artérias, radial,
braquial, subclávia, jugular, carótida, costelas flutuantes.(
Pontos fatais)
III
– Quadrante: Femoral(Fatal), tendões e ligamentos (imobilizante).
IV
– Quadrante: Femoral(Fatal), tendões e ligamentos (imobilizante).
Obs.:
Ponto mais difícil de ser atingido em combate.
V
– Linha Central do Corpo – Olhos, nariz, traquéia, plexo solar,
abdômen, testículos.
Os
tipos de ataque com facas e instrumentos cortantes são:
Corte
- o fio da lâmina percorre o alvo, quanto maior a superfície e
o tempo na área em contato, maior será o corte, quanto mais fina a
lâmina, mais profundo será o corte.
Estocada
– a ponta penetra no alvo, podendo penetrar
em profundidade, picar, furar, ser girada dentro do corpo ou após a
estocada causar um rasgo no oponente.
Golpes
para amputar – armas pesadas usadas com
força podem amputar partes do corpo do adversário.
Golpe
com o pomo como objeto contundente – podemos
utilizar o pomo para atacar o adversário com golpes contundentes,
visando imobilizá-lo.
Golpe
enganchando com a ponta para puxar e controlar – com
a faca é possível fazer o controle do oponente, visando
imobilizá-lo.
Golpe
raspando com o gume para esfolar – é
possível retirar a pele do adversário provocando
sangramento
abundante e superficial para abalo psicológico.
Golpe
de arremesso – é possível arremessar a
faca para alcançar o adversário quando esse se encontra fora do seu
raio de ação.
Pontos
Contundentes ou imobilizadores: Atingindo-os com golpes de faca ou
outros objetos, pode-se limitar os movimentos do adversário. É
possível também atingir esses locais num combate corporal não
armado.
Pontos
arteriais
Esses pontos visam a perda rápida de consciência se
atingidos e podem causar as morte em poucos minutos:
Pontos
Letais:
Ao
serem atingidos (perfurados ou cortados), esses pontos certamente
causarão a morte do oponente após uma perda rápida de consciência.
Aviso:
Nós do blog Casa Tática não somos à favor da violência, e esse
texto é estritamente informativo. Não incentivamos o uso das
praticas acima citadas e não nos responsabilizamos por eventuais acidentes que possam ocorrer, e recomendamos que siga as instruções da Polícia.
Fonte: Defesa com facas J.R.R.Abrahão, Pedro Cavalcanti e Ricardo Nakayama
Defesa Pessoal Alexandre Cruz, J.R.R.Abrahão, Pedro Cavalcanti e Ricardo Nakayama