terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Pesca improvisada e com armadilhas


Além dos métodos convencionais de pesca, utilizando-se de varas e redes, há também outros modos mais primitivos de pesca, utilizando de armadilhas simples e combinações das mesmas, que podem chegar até a ser mais animadas do que as pescarias normais.

Para aproveitarmos melhor essas dicas, é bom lembrar que segundo o manual de sobrevivência na Selva do Exército Brasileiro, os melhores locais para pescar são os poços profundos, ao pé das cachoeiras, no final das corredeiras rápidas ou entre rochedos. Em correntes muito velozes, os peixes costumam se chegar mais para as margens.

Pesca noturna:
À noite, a pesca pode ser muito mais produtiva que durante o dia, pois utilizando se de uma lanterna, archote ou outra fonte de iluminação apontada ao curso d'água, a agitação dos peixes será tão grande, que será possível capturá-los facilmente com arpões ou varas pontiagudas.

Pesca com anzóis
É esse o método mais conhecido e prático, mas numa situação de emergência, onde nos vemos sem os artefatos necessários, torna-se um um desafio improvisá-los. Veja abaixo, alguns exemplos de anzóis:

                                                                Anzóis improvisados

                                                         Anzóis feitos com osso e pregos

                                                                    Anzóis de madeira

                                                               Anzóis de madeira.

Pesca com lança ou arpão de pontas.

Outro artifício que pode ser usado para a pesca são os arpões, lanças ou arpões de pontas. A confecção dos mesmos já fora ensinada aqui no artigo sobre defesa, armas e combate, mas não há segredo: utilizando de uma faca afie uma das extremidades de uma vara (um galho, um bambu, etc) e assim terá uma lança, ou arpão. Dividindo essa extremidade em quatro, e colocando um calço ao meio tem-se então um arpão de pontas. Com Armas às mãos, só é necessário esperar o peixe e acertá-lo com sua arma.


                          Recomenda-se um tamanho maior do arpão de pontas para essa atividade.

Pesca com Redes:

Outro material muito aconselhável para pescaria será a rede, inclusive a de dormir, de malha de camarão, que poderá ser armada como que interceptando um curso de água raso e de pouca correnteza, ficando com uma borda afundada por meio de pesos e a outra à superfície, flutuando, enquanto as duas alças serão afixadas por cipós; será uma espécie de “rede guelras”.

Atordoando o peixe:

Também será possível apanhar peixes jogando-se bombas tipo “cabeça-de-negro” em um remanso, em uma curva de igarapé, em um poço, ou lançando timbó (veneno) à água, o que atordoará os animais. O timbó é uma planta venenosa da qual se aproveitarão as raízes para, após macerá-las,
espalhar nas águas. O timbó possui em sua composição ácido cianídrico e é conveniente retirar o peixe rapidamente da água , pois o efeito químico sobre a carne será reduzido no cozimento que deve ocorrer logo em seguida.


Armadilhas do tipo Curral
Outras armadilhas, conhecidas pelo nome de curral, poderão ser construídas e serão bastante vantajosas, pois nelas os peixes entrarão e permanecerão, às vezes, em grande quantidade e variedade. A construção de um curral dependerá de um estudo do local. Veja nas imagens à seguir alguns tipos de construção de armadilhas para peixes:


Abaixo vemos o melhor exemplo de armadilha do tipo curral, onde se desvia o curso de um rio para conseguir os peixes.